sexta-feira, 26 de março de 2010

Os túmulos de D. Pedro I e de D. Inês de Castro encontram-se no Mosteiro de Alcobaça, em Portugal e são obras-primas do estilo gótico construídas em calcário, entre 1358 e 1367. A autoria dos túmulos é desconhecida, apesar das duas teorias existentes: a de artistas estrangeiros (nomeadamente franceses) que seriam responsáveis pela sua construção ou a de que esta teria resultado da evolução da escultura tumular portuguesa.

Ambas as figuras, com expressões tranquilas, estão a ser coroadas e rodeadas por seis anjos que lhes arranjam as roupas e que lhes levantam a cabeça como se estivessem a fazer os preparativos para irem para o paraíso.
As faces dos sarcófagos estão decoradas com os brasões das respectivas famílias e em termos escultóricos, o túmulo de D. Pedro I é considerado a melhor obra, chegando os altos-relevos a atingir 15 cm de profundidade, enquanto no túmulo de D. Inês atingem os 10 cm.
Os temas representados no túmulo de D. Inês são, nas partes frontais, a Infância de Cristo e a Paixão de Cristo e, nas faciais, o Calvário e o Juízo Final. No túmulo de D. Pedro estão a Infância de S. Bartolomeu e o Martírio de S. Bartolomeu nas frontais e, nas faciais, a Roda da Vida, a Roda da Fortuna e ainda a Boa Morte de D. Pedro.

Localização
Os túmulos situavam-se, primeiramente, lado a lado (estando o de D. Inês do lado direito de D. Pedro, o que deveria acontecer entre marido e mulher) no transepto sul da Igreja do Mosteiro de Alcobaça, passando para a Sala dos Túmulos. No século XX voltaram a ser colocados no transepto da Igreja, onde se encontram, actualmente, frente a frente, estando o túmulo de D. Inês no braço norte do transepto e o túmulo de D. Pedro I no braço sul, de tal modo que, caso ressuscitem, se levantem e se vejam um ao outro.

Simbologia
No túmulo de D.Pedro está a Roda da Vida e a Roda da Fortuna. A Roda da Vida possui 12 imagens esculpidas com os momentos da vida amorosa e trágica de D. Pedro e de D. Inês.
Podemos ver o significado destas imagens no texto seguinte:
1º Fig.- D. Inês acaricia um dos seus filhos com D. Pedro;
2º Fig.- O casal convive com os seus três filhos;
3º Fig.- Inês e D. Pedro jogam xadrez;
4º Fig.- Os dois amantes mostram-se em terno convívio;
5º Fig.- D. Inês é representada por uma figura prostrada no chão;
6º Fig.- D. Pedro está sentado num grande trono;
7º Fig.- Os assassinos enviados pelo rei D. Afonso IV apanham de surpresa D. Inês;
8º Fig.- Inês desmascara um dos assassinos;
9º Fig.- D. Inês é degolada;
10º Fig.- D. Inês jaz no chão;
11º Fig.- O Castigo dos assassinos de Inês;
12º Fig.-Pedro I está envolto numa mortalha;

Vídeo sobre o romance de Inês de Castro e D. Pedro I

Este vídeo foi totalmente criado por nós. O som foi gravado ao vivo a partir da música Misguided ghosts do grupo Paramore. O fundo teve como base a Ribeira de Arronches assim como a paisagem envolvente. Foi utilizada a técnica de extracção de fundos (chroma key) para efectuar a montagem do vídeo.

Árvore Genealógica de D.PedroI

Árvore genealógica D

domingo, 21 de março de 2010

O Romance de Pedro e Inês

No Século XIII e Século XIV, os casamentos dos nobres eram combinados entre as famílias mais importantes da Europa.

Quando D. Pedro (filho de Afonso IV) atingiu a idade de casar, seu pai mandou pedir a mão de Branca de Castela mas esta foi repudiada por ter debilidades físicas e mentais. Mais tarde outro casamento foi arranjado para D. Pedro I: D. Constança, uma jovem nobre que pertencia à família real castelhana.

A paixão entre Pedro e Inês, que tinha chegado com D. Constança como sua aia, era tão forte que não conseguiram esconder o amor que sentiam um pelo outro, sendo a causa de comentários por parte da Corte Portuguesa.


D. Constança, ao aperceber-se deste romance, decidiu tratar do assunto de uma forma discreta, convidando D. Inês para madrinha do seu primeiro filho. Dessa forma ela impediria que eles se pudessem encontrar, pois ambos padrinhos eram considerados como irmãos dos pais e se continuassem o romance isso seria um crime punido por lei.

Uma semana depois do baptismo, a tragédia abateu-se sobre a casa real, o menino, de nome Luís, faleceu. A corte pôs-se contra Inês, culpando-a da morte do príncipe, acusando-a de não o ter apadrinhado com fé junto da pia baptismal.

Mais tarde D. Pedro ficaria viúvo de D. Constança e é nessa altura que se junta à sua amada. Já com três filhos, decidiram mudar-se para Coimbra, local que hoje é conhecido por Quinta das Lágrimas.

Perante esta situação, "o murmurar do povo" convenceu o rei a matar D. Inês. Um dia, sabendo que o príncipe não iria estar, o rei e três homens da Corte foram procurá-la.

Tinham combinado matá-la assim que a encontrassem. D. Inês estava à beira de uma fonte e, quando os avistou, soube logo a razão da visita.

Ela suplicou ao rei que lhe poupasse a vida, mandando-a para o exílio, pois afinal era a mãe dos seus netos ainda muito pequenos. O rei hesitou e foi-se embora, deixando aos seus homens a decisão final. Estes, sem qualquer tipo de remorso, degolaram-na deixando D. Inês morta junto à fonte onde a tinham encontrado.


Segundo a tradição, o sangue, que escorrera sobre as pedras, nunca mais ninguém conseguiu apagar, como se fosse uma lembrança eterna do crime ali cometido, e ainda lá se encontra em forma de algas vermelhas.

Assim que D. Pedro subiu ao trono, mandou capturar e condenou à morte os assassinos de D. Inês.

Diz a lenda que ele obrigou o carrasco dos assassinos a retirar-lhes o coração de cada um deles e que mais tarde, mandou retirar D. Inês do túmulo, colocá-la no trono e ordenou que toda a Corte lhe beijasse a mão.


Esta seria a parte mais fantasiosa da história, mas de facto D.Pedro mandou construir dois belos túmulos e colocá-los no Mosteiro de Alcobaça, para que os dois pudessem estar juntos para toda a eternidade.

sábado, 20 de março de 2010

Quinta das Lágrimas

A Quinta das Lágrimas é uma quinta situada na margem esquerda do rio Mondego, na freguesia de Santa Clara, em Coimbra, com cerca de 18,3 hectares. O espaço foi recuperado na década de 80 e 90 do séc. XX. Desde 1996 o Palácio encontra-se ocupado por um hotel dAdicionar imageme luxo da cadeia Relais & Châteaux.
O nome actual foi dado no séc. XVIII. O anterior a esta data era Quinta do Pombal.
No seu grande jardim estão duas fontes: a Fonte dos Amores e a Fonte das Lágrimas. Este lugar é célebre por ter sido cenário dos amores proibidos entre D. Pedro e a fidalga Inês de Castro, tema de inúmeras obras ao longo dos tempos, nomeadamente o canto III de Os Lusíadas de Luís de Camões. A rainha D. Isabel, esposa de D. Dinis, comprou as duas fontes da quinta para levar água ao Mosteiro de Santa Clara, que tinha fundado ali perto. Uma das nascentes ainda tem acesso por um arco ogival gótico, construído no século XIV.
Desde o século XIV, a quinta era utilizada como um couto para a família real portuguesa ir caçar. Com o correr dos séculos, a quinta passou a fazer parte da propriedade da Universidade de Coimbra e de uma ordem religiosa. Em 1730 a quinta foi adquirida pela família Osório Cabral de Castro, que mandou construir um palácio. O jardim foi idealizado no século XIX por Miguel Osório Cabral de Castro, seguindo uma tendência da época: representar espécies exóticas de todo o mundo.
Uma das duas sequóias foi mandada plantar por Arthur Wellesley há duzentos anos na Quinta das Lágrimas. Em 1808, Arthur Wellesley, duque de Wellington, comandante das tropas que atacaram as forças invasoras de Napoleão, foi hóspede na quinta. Nessa ocasião o duque mandou plantar duas sequóias perto da Fonte das Lágrimas, que actualmente têm mais de duzentos anos. Outro hóspede ilustre da quinta foi D. Pedro II, Imperador do Brasil, em 1872.
O palácio original foi destruído por um incêndio em 1879, sendo reconstruído ao estilo dos antigos solares rurais portugueses, com biblioteca e capela. Na área ao redor do palácio ainda podem ser vistos os restos dos edifícios rurais como o espigueiro, o armazém e o lagar de azeite.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Biografia Inês de Castro

Nome: Inês Pires de Castro;
Data de nascimento: 1320 ou 1325 Galiza;
Data da morte: 7 de Janeiro de 1355;
Pais: filha natural do nobre galego Pedro Fernandes de Castro e de uma dama portuguesa, Aldonça Suárez de Valadares.
Irmãos: D. Fernando e D. Álvaro Pires de Castro;
Outros parentes: Por parte de seu pai era bisneta ilegítima de D. Sancho de Castela, pai de D. Beatriz de Castela que era mãe de D. Pedro, futuro Rei de Portugal. Era, portanto, prima em 3º grau de D. Pedro.
Filhos:D.Afonso (morreu na infância), D. Beatriz, D. Dinis, D. João.
Como chegou a Portugal: Viveu parte da sua infância no Castelo de Albuquerque, cuja dona a tratou como se fosse sua filha. Esta era casada com Afonso Sanchez, filho ilegítimo de D. Diniz, até vir a ser aia de sua prima de D. Constança Manuel, filha de João Manuel de Castela, poderoso nobre descendente da Casa Real Castelhana e que estava prometida ao príncipe de Portugal, D. Pedro I.