sábado, 20 de março de 2010

Quinta das Lágrimas

A Quinta das Lágrimas é uma quinta situada na margem esquerda do rio Mondego, na freguesia de Santa Clara, em Coimbra, com cerca de 18,3 hectares. O espaço foi recuperado na década de 80 e 90 do séc. XX. Desde 1996 o Palácio encontra-se ocupado por um hotel dAdicionar imageme luxo da cadeia Relais & Châteaux.
O nome actual foi dado no séc. XVIII. O anterior a esta data era Quinta do Pombal.
No seu grande jardim estão duas fontes: a Fonte dos Amores e a Fonte das Lágrimas. Este lugar é célebre por ter sido cenário dos amores proibidos entre D. Pedro e a fidalga Inês de Castro, tema de inúmeras obras ao longo dos tempos, nomeadamente o canto III de Os Lusíadas de Luís de Camões. A rainha D. Isabel, esposa de D. Dinis, comprou as duas fontes da quinta para levar água ao Mosteiro de Santa Clara, que tinha fundado ali perto. Uma das nascentes ainda tem acesso por um arco ogival gótico, construído no século XIV.
Desde o século XIV, a quinta era utilizada como um couto para a família real portuguesa ir caçar. Com o correr dos séculos, a quinta passou a fazer parte da propriedade da Universidade de Coimbra e de uma ordem religiosa. Em 1730 a quinta foi adquirida pela família Osório Cabral de Castro, que mandou construir um palácio. O jardim foi idealizado no século XIX por Miguel Osório Cabral de Castro, seguindo uma tendência da época: representar espécies exóticas de todo o mundo.
Uma das duas sequóias foi mandada plantar por Arthur Wellesley há duzentos anos na Quinta das Lágrimas. Em 1808, Arthur Wellesley, duque de Wellington, comandante das tropas que atacaram as forças invasoras de Napoleão, foi hóspede na quinta. Nessa ocasião o duque mandou plantar duas sequóias perto da Fonte das Lágrimas, que actualmente têm mais de duzentos anos. Outro hóspede ilustre da quinta foi D. Pedro II, Imperador do Brasil, em 1872.
O palácio original foi destruído por um incêndio em 1879, sendo reconstruído ao estilo dos antigos solares rurais portugueses, com biblioteca e capela. Na área ao redor do palácio ainda podem ser vistos os restos dos edifícios rurais como o espigueiro, o armazém e o lagar de azeite.

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